Museu Goeldi apresenta os naturalistas do século XXI

A história de estudantes vencedores das quatro primeiras edições do Prêmio Márcio Ayres para Jovens Naturalistas é retratada em uma série feita em vídeo de bolso dirigida para web.


Agência Museu Goeldi – Um prêmio, quatro edições e muitas histórias de jovens com um desafio em comum: investigar a natureza amazônica. É o que você vai conferir na mais nova produção audiovisual do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG, a websérie “Os naturalistas do século XXI”. A estréia do episódio piloto acontece no próximo dia 16 de setembro, data do lançamento da 5ª edição do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas, promovido pelo Museu Goeldi e a Conservação Internacional. Em sua 5ª edição o prêmio conta com o apoio da Escola da Biodiversidade Amazônica.

Produzida pela equipe do Móvel – Laboratório de Comunicação do MPEG, a websérie, um produto experimental dedicado a divulgação científica, conta a história de estudantes do ensino fundamental e médio vencedores nas quatro primeiras edições do Prêmio José Márcio Ayres, lançadas em 2003, 2004, 2005 e 2008. Em oito anos de premiação, vocações foram despertadas e diversos foram os casos de estudantes que participaram do prêmio e continuaram seus estudos nas áreas de biologia e meio ambiente.

A websérie faz parte da campanha de divulgação da 5ª edição do prêmio, que conta também com o Guia do Educador (voltado aos professores orientadores), o Manual do Jovem Naturalista (que orienta como desenvolver uma pesquisa científica), cartazes, banners, folhetos, programas de rádio, chamadas na televisão, mobilização nas redes sociais, disparos para celular e orientação on-line via site do Prêmio e blogs da Ebio e do Móvel.

Dentre as histórias de estudos que poderão ser vistas na websérie, encontram-se os mais variados temas: a diversidade de árvores da Praça Batista Campos, o consumo de açaí nas ilhas, as subfamilias de formigas em bairros periféricos, o comportamento das corujas em bairros de Belém, dentre outros. Os estudantes irão relatar seus processos de pesquisa e os resultados de suas experiências na iniciação científica.


“Os naturalistas do século XXI” é uma experiência para incentivar os jovens que possuem interesse pela ciência, além de atentar para sua importância no ensino-aprendizado do tema biodiversidade nas escolas. Os episódios serão lançados mensalmente no site do Prêmio Márcio Ayres e no canal de vídeos do Museu Goeldi no Youtube, até março de 2012.

Episódio piloto - Para apresentar o Prêmio, o episódio piloto da série traz entrevistas das coordenadoras do PJMA Filomena Secco (Serviço de Educação/MPEG), Joice Santos (Serviço de Comunicação Social/MPEG e coordenação Ebio) e Maria de Jesus Fonseca (Necaps/UEPA e e coordenação Ebio), Patricia Baião (Diretora do Escritório Amazônia, da Conservação Internacional), Nilson Gabas (diretor do Museu Goeldi), Ima Vieira (coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia e uma das idealizadoras do prêmio.

Personagens - O episódio também apresenta quem são os personagens principais da websérie: estudantes que, com determinação e curiosidade, conseguiram não apenas os primeiros lugares na premiação, mas puderam contribuir para a geração de conhecimento e para a construção de novos saberes na região amazônica. Confira abaixo os personagens e suas respectivas pesquisas:

- Marcos Cruz – 2º lugar na categoria ensino médio da segunda edição (2004) Trabalho: Observação do comportamento, sobretudo adaptativo, da coruja suindara (Tyto Alba) em áreas urbanas de Belém – PA

- Wescley Silva – 2º lugar na segunda edição (2004 – ensino fundamental). Trabalho: A vida de um primata em cativeiro: o coatá-de-testa-branca do parque zoobotânico do Museu Goeldi; 1º lugar na terceira edição (2005 – ensino fundamental). Trabalho: As propriedades nutricionais e medicinais do Araçá-Boi (Eugenia stipitata): um gigante pouco conhecido; 2º lugar na quarta edição (2008 - ensino médio). Trabalho: Atributos dermatológicos do muco da lesma aplicado em seres humanos.

- Mariana Galuppo – 1º lugar na categoria ensino fundamental da quarta edição (2008). Trabalho: Diversidade de espécies arbóreas amazônicas da praça Batista Campos, Belém – PA

- Erick Santos, Felippe França e Vítor Leitão – 2º lugar na categoria ensino fundamental na quarta edição (2008): Levantamento de subfamílias de formigas no bairro do Curió-Utinga, em Belém-PA

- Denner Ferreira - 3º lugar na categoria ensino fundamental da quarta edição (2008): Açaí: Vitamina de cada dia no município de Igarapé-Miri - PA

- Rita dos Santos – 1º lugar na categoria ensino médio da quarta edição (2008): Composição floristica de pteridófitas em dois fragmentos florestais diferentes na reserva do Utinga, Belém-PA

- Raimundo Oliveira Belém – 1º lugar na categoria ensino fundamental da primeira edição (2003): Levantamento dos cupins que estão causando danos nas residências da sede do município de Acará –PA

- Kauê Costa – 1º lugar na categoria ensino médio da primeira edição (2003): Estudo comportamental da diversidade de garças de uma praça pública de Belém – PA.

O prêmio – Criado em 2003 por uma parceria entre Museu Emílio Goeldi e Conservação Internacional, o Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas foi concebido com o objetivo de levar a prática científica para o ambiente escolar do ensino público e privado. Coordenado por Filomena Secco e Joice Santos, em suas quatro primeiras edições premiou estudantes do ensino fundamental e médio que aceitaram o desafio de investigar a biodiversidade que havia em sua volta. Este ano, no dia 16 de setembro, será lançada a 5ª edição do PJMA.

O prêmio homenageia o cientista paraense José Márcio Ayres, biólogo especialista em primatas e biologia da conservação, que realizou estudos de grande importância para a conservação da biodiversidade amazônica. Descobriu nas matas de várzea da região do Mamirauá (Amazonas), o Uacari-Branco, espécie de primata já considerada extinta na região e criou uma nova categoria de unidade de conservação.

As inscrições para a 5ª edição do Prêmio vão de 16 de setembro de 2011 até 20 de agosto de 2012. Saiba mais, visite o site http://marte.museu-goeldi.br/marcioayres/


Texto: Paola Caracciolo

 

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