Trilha Vermelha - fauna e flora sob o risco de desaparecer

No Parque do Museu Goeldi, alunos descobrem que espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção na Amazônia

Agência Museu Goeldi – Na manhã do dia 18 de outubro, alunos e professores do ensino fundamental e médio de escolas públicas de Belém – Anízio Teixeira, Augusto Meira e Barão do Rio Branco – participaram da atividade educativa “Trilha Vermelha: animais e plantas ameaçadas em extinção”, no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi. A Trilha Vermelha fez parte da programação da 5a edição do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

A programação da Trilha Vermelha foi elaborada há três anos para divulgar a Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção, documento elaborado sob a coordenação do Museu Goeldi, em parceria com a Conservação Internacional e a Secretaria de Meio Ambiente do Pará. A Lista norteou a estrutura do Programa Extinção Zero lançado pelo Governo do Pará em 2008. A atividade foi organizada pelos educadores do Museu Goeldi para mostrar às espécies ameaçadas de extinção que podem ser conhecidas no Parque Zoobotânico do Goeldi.

Durante a Trilha, alunos e professores observaram de perto exemplares carismáticos da fauna amazônica, como a arara azul, ararajuba, onça-pintada, guará, gavião real, ariranha e o macaco coatá. No percurso da Trilha também foram observados plantas como a castanheira, pau-brasil, pau rosa, mogno, acapu e cedro vermelho. As espécies da Trilha foram identificadas com uma fita vermelha.

Além de fazer observações sobre as espécies ameaçadas de extinção, Ana Claudia Santos, educadora do Museu Goeldi responsável pela condução da Trilha, contou curiosidades culturais relacionadas ao uso das espécies da fauna e flora, como a tapiragem, técnica indígena de mudar artificialmente a cor das penas das aves. Os estudantes a cada passo se interessavam questionando a educadora do Nuvop-MPEG.

Entre os participantes do ensino fundamental e médio, uma mãe se destacou. Maria de Nazaré Lucena, que ao trazer sua filha, estudante do ensino fundamental, teve a oportunidade de conhecer mais sobre a biodiversidade amazônica. Na trilha, as árvores como o mogno despertaram o interesse de dona Lucena.

Josué Silva, estudante, revelou não gostar da forma que o homem trata as espécies que estão em extinção. “A arara azul está em extinção pela destruição das florestas. É como se Deus desse uma barra de ouro nas mãos dos homens, mas eles não sabem aproveitar”.

Castanha do Pará – Em meio à biodiversidade existente no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, a árvore da castanha do Pará chamou a atenção dos participantes da trilha por sua grandeza e beleza. A castanheira encontrada no PZB tem entre 30 a 40 metros, de onde nasce o ouriço, dentro do qual encontra-se a semente, que é a castanha do Pará, objeto de muitos estudos.  Um dos benefícios gerados pela ingestão da castanha do Pará é o retardamento do envelhecimento do ser humano. Hoje chamada de castanha do Brasil, esta semente comestível entra na lista das espécies ameaçadas em extinção pela exploração sem controle - a propagação dos benefícios da castanha do Pará tem estimulado o interesse de multinacionais de cosméticos, entre outros segmentos.

Jovens Naturalistas – Várias trilhas têm sido organizadas pelo Prêmio José Márcio Ayres, como a “Construindo saberes sobre a biodiversidade da Amazônia”, com o objetivo de incentivar os estudantes à pesquisa e à preservação do meio ambiente. As inscrições para participar do concurso ficarão abertas até 20/08/2012. Maiores informações no sitio do Prêmio.

Texto: Denilton Resque

 

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