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Prêmio Marcio Ayres anuncia finalistas

Pesquisadores e educadores selecionaram nove pesquisas que passarão pela última etapa de avaliação do concurso voltado para estudantes do ensino fundamental e médio

Agência Museu Goeldi - O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a organização não-governamental Conservação Internacional (CI-Brasil) anunciam os finalistas da quarta edição do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas, destinado a estudantes do Estado do Pará matriculados nos níveis de ensino Fundamental e Médio. Dos 30 trabalhos inscritos no Prêmio, foram classificadas para a etapa final cinco pesquisas do ensino fundamental e quatro do ensino médio. Enquanto na categoria fundamental podem concorrer estudos desenvolvidos por equipes compostas com até três alunos, na categoria médio os participantes devem apresentar uma pesquisa individual. Todavia, em comum, todos os concorrentes estão de olho na diversidade biológica da Amazônia.

“Curiosidade, observação e dedicação: esses são os ingredientes para a produção de uma boa pesquisa”, conta entusiasmada a educadora Filomena Secco, bióloga do Serviço de Educação e Extensão (SEC) do Museu Goeldi e uma das coordenadoras do concurso. Ela destacou o caminho que é percorrido durante toda a organização do Prêmio, que não se resume ao processo de inscrição, resultado e premiação. Há seis anos, desde o anúncio da abertura das inscrições, o Museu Goeldi em parceria com a CI-Brasil oferece às escolas paraenses um conjunto de atividades que auxiliam e estimulam o envolvimento com a temática do concurso: a “Biodiversidade Amazônica”.

Estrutura da premiação - Com o objetivo de despertar em alunos e professores do ensino fundamental e médio o interesse pela produção científica, a organização do Prêmio montou uma estratégia de ação baseada em três eixos: a capacitação dos professores, a promoção de encontros com a Ciência e a divulgação das atividades do concurso e do tema. Filomena e a equipe do Prêmio, em parceria com pesquisadores especialistas em biodiversidade, visitaram 12 municípios e capacitaram 180 professores até esta edição.

Durante as campanhas de mobilização, quando são distribuídos o Guia do Professor e Manual do Jovem Naturalista, os professores das escolas visitadas são orientados sobre como auxiliar os seus alunos para a elaboração e desenvolvimento de uma pesquisa, através de palestras que abordam as metodologias da produção científica. O processo de mobilização é iniciado em Belém, nas escolas vizinhas ao Parque Zoobotânico do MPEG e em seguida se amplia para bairros mais afastados como Marco, Pedreira, Guamá, prosseguindo até outros municípios como Castanhal e Santarém.

Paralelamente a essa etapa, são realizados encontros com a Ciência, promovidos através de ciclo de palestras, trilhas do conhecimento e mostras educativas. A ação é especialmente dedicada aos alunos e tem o objetivo de aproximá-los dos diversos nichos de estudo existentes na região amazônica. O destaque deste eixo é a “Pororoca da Biodiversidade”, mostra que acontece todos os anos no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, geralmente aos domingos para atrair maior número de visitantes.

Durante o evento, jovens e adultos podem conferir os resultados de pesquisas na área da zoologia e da botânica, conhecer metodologias de pesquisa e coleções científicas, buscar mais informações sobre biodiversidade amazônica através do “Cantinho da Leitura” ou na descontração de jogos educativos sobre o tema, além de terem a sua disposição pesquisadores para tirar dúvidas e os finalistas das últimas edições do Prêmio, que relatam suas experiências sobre o processo de pesquisa.

Barco da Ciência - Na terceira edição do Concurso, um barco equipado com uma exposição de exemplares taxidermizados da fauna e da flora, jogos educativos, livros e pesquisadores para mediar esse processo de conhecimento, percorreu um trecho da baia do Guajará em Belém com o objetivo de incentivar estudantes para os estudos costeiros. Palestras sobre temas como a biologia dos peixes e as plantas aquáticas fizeram parte do ciclo de atividades desse projeto flutuante. A iniciativa, considerada pelos participantes um sucesso, permitiu ao público escolar a oportunidade de mergulhar no ambiente estuarino onde esta inserida a cidade de Belém, e deve ser repetida pela organização do concurso nas próximas edições.

Toda essa produção de eventos, atividades e pesquisas, organizada pelo Núcleo de divulgação do Premio Marcio Ayres, conta com a colaboração sistemática dos demais setores do MPEG e CI. Através de instrumentos como as campanhas de mobilização nos municípios - momento em que são distribuídos nas escolas de Belém e outros municípios o Manual do aluno, o Guia do professor e ministradas palestras sobre biodiversidade e metodologia científica - produção de matérias jornalísticas, banners, cartazes, chamadas em radio e televisão e do site do Prêmio (http://marte.museu-goeldi.br/marcioayres/), os alunos e professores podem acompanhar as últimas novidades, a agenda do concurso, palestras e oficinas.

Finalistas - A última etapa de seleção, que será composta por uma avaliação oral, acontece no dia 08 de outubro, quando os autores dos melhores trabalhos escritos apresentam seus estudos para a comissão julgadora, formado por pesquisadores e educadores do Museu Goeldi, da CI-Brasil e da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Na parte da manhã serão apresentadas as pesquisas dos alunos do ensino fundamental, e à tarde será a vez dos candidatos a jovens naturalistas do ensino médio. O local da avaliação oral será o Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, localizado no Parque Zoobotânico, Avenida Magalhães Barata, 376.

“O destaque desse ano e de todas as outras edições do Prêmio é a variedade de temas abordada pelos inscritos”, comenta a educadora Filomena Secco. O resultado final será anunciado no dia 16 de outubro, durante uma cerimônia de premiação a ser realizada no Parque Zoobotânico. Ate lá, os finalistas ficarão na expectativa quanto ao resultado final que será anunciado apenas no dia do evento. Os alunos vencedores receberão valores entre 1 mil e 2 mil reais, os professores orientadores dos primeiros lugares ganham computadores e as escolas kits de publicações. A lista dos classificados para a última etapa pode ser conferida aqui.


Texto: Shamara Fragoso – Agência Museu Goeldi e Comunicação PPBio Amazônia Oriental

 

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