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FAUNA

 

As classificações seguintes tratam apenas dos grupos mais comuns e mais representativos para a região Amazônica.


Invertebrados

Os invertebrados não formam grupo monofilético, possuindo diversas origens evolutivas de acordo com os diferentes grupos. Trata-se do grupo mais diversificado de animais, e também com mais espécies em número, havendo desde formas de corpo inteiramente mole, como alguns vermes, e também animais cujo corpo ou parte dele é coberto por uma carapaça, como os caramujos.
(I01) Nematelmintos - Também conhecidos por “nematodos”, são os chamados “vermes cilíndricos”, cujas formas parasitárias do homem, animais silvestres e animais domésticos também são as mais conhecidas em nossa região. Foto:Nematodo não identificado parasitando região ventral de bicho preguiça.
(I02) Anelídeos - São os vermes de corpo segmentado, como as minhocas em ambientes úmidos terrestres, e os vermes poliquetas em ambientes marinhos ou de águas salobras. Foto: Poliqueto não identificado (Annelida, Polychaeta).
(I03) Moluscos - Aqui, temos uma gama de formas, desde terrestres como o caramujo de jardim e as lesmas, e aquáticas, como a as lulas e polvos. Algumas formas apresentam carapaças simétricas, como os mexilhões, e outros possuem apenas uma carapaça, como os caramujos. Fotos: I03a - Biomphalaria sp (Planorbidae, Mollusca) - caramujo vetor da esquistossomose; I03b - moluscos bivalves não identificados (Mollusca, Bivalvia); I03c - Turu não identificado (Teredinidae, Mollusca).
(I04) Artrópodes - Este é certamente o grupo animal mais diversificado que existe, havendo formas marinhas e de água doce, solitárias ou que formam cardumes, terrestres e inclusive aladas. São inúmeros exemplos, como os camarões, lagostas e caranguejos como formas aquáticas, aranhas e escorpiões como formas terrestres, e os insetos, que possuem representantes exclusivamente terrestres como também representantes capazes de voar (Fotos: I04a - Libélula não identificada (Anisoptera, Insecta); I04b - Caranguejo-uçá (Ucides cordatus) (Crustacea, Brachyura, Ocypodidae); I04c - Mariposa não identificada (Lepdotera, Insecta).

Vertebrados

Os vertebrados constituem um grupo monofilético, ou seja, todos possuem um ancestral em comum em algum momento mais basal de sua evolução. Porém certos grupos não são monofiléticos, como peixes e répteis. Isso quer dizer que nem todos os representantes destes grupos em questão possuem um mesmo ancestral comum. A característica principal do grupo é a presença de uma coluna vertebral conforme o nome indica. Trata-se de um grupo bastante diverso, incluindo desde as lampréias e feiticeiras, que são peixes primitivos, até a espécie humana.
(V01) Peixes - É o grupo de vertebrados mais diverso que existe, com espécies de água doce, salgada e salobra, espécies com escamas e espécies de couro, ou mesmo com escamas modificadas em placas ósseas, espécies com corpo alongado, lembrando uma serpente e com o corpo achatado, espécies de grande porte como o pirarucu e muito pequenas, como as corredoras. Foto: Acará comum (Cichlasoma amazonarum) (Cichlidae, Perciformes).
(V02) Anfíbios - Compreende os sapos, rãs e pererecas, e também as salamandras. Muitas espécies são marcadores ecológicos, ou seja: Pela freqüência de ocorrência de certas espécies em determinadas regiões, sabe-se do grau de poluição da mesma. A região amazônica compreende mais de 150 espécies de anfíbios conhecidas na atualidade. Foto: Sapo-cururu (Bufo marinus) (Anura, Bufonidae).
(V03) Squamata - São as cobras e lagartos. Somente na Amazônia ocorrem mais de 500 espécies de répteis, das quais mais de 170 dão endêmicas, ou seja, de ocorrência exclusiva na região. Foto: Calango não identificado (Reptilia, Squamata).
(V04) Quelônios - São os cágados e jabutis. Estes répteis possuem importância cultural e nutritiva na região amazônica, onde não é raro constar ora como alimento ora como animal de estimação nas populações ribeirinhas. Foto: Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) (Pelomedusidae, Chelonia)
(V05) Crocodilianos - Na Amazônia, representados pelos jacarés, representados por três gêneros -- Caiman, Melanosuchus e Paleosuchus. Duas espécies merecem maior destaque (Caiman crocodilus e Melanosuchus niger), por serem os crocodilianos mais abundantes na Amazônia brasileira, e que em décadas passadas foram intensamente exploradas pela caça predatória, e que hoje passam por recuperação populacional. Foto: Jacaré-açu (Melanosuchus niger) (Alligatoridae, Crocodylia).
(V06) Aves - Na região amazônica, ocorrem cerca de mil espécies de aves, entre pequenas e grandes, voadoras e não-voadoras. Destacam-se espécies predadoras imponentes, como o gavião real (Harpia harpia) e o urubu rei (Sarcoramphus papa), e espécies pequenas de canto único e belo, como o sabiá (Turvus rufiventris). Foto: Guaravaca (Elaenia flavogaster) (Aves, Tyrannidae).
(V07) Mamíferos - Na região, ocorrem desde espécies de grande porte, como a carnívora onça (Panthera onca) e a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) que é o maior roedor do mundo, até espécies de pequeno porte, como os quatis (Natsua nasua) e cotias (Dasyprocta azarae). A Amazônia concentra 80% de todas as espécies de primatas do Brasil, muitas delas endêmicas e ameaçadas de extinção. Fotos: V07a - Cutia (Dasyprocta aguti) (Dasyproctidae, Mammalia); V07b - Macaco-aranha (Ateles paniscus) (Atelidae, Primates).

Colaboradores - Luis Fagury Videira (CMU-SEC); Maria Luiza Videira Marceliano (CZO);